Morte e Vida Severina

Introdução: Blog criado como avaliação parcial da 3º Unidade na disciplina língua portuguesa, sobre a orientação da professora Irana Costa, do colégio modelo Luís Eduardo Magalhães - Camaçari Bahia, 3º Ano Turma 5, Turno Vespertino, ano 2009.Tendo como tema principal a análise do livro “Morte e Vida Severina – João Cabral de Melo.

Biografia do Autor:

O Autor

João Cabral de Melo Neto nasceu na cidade de Recife – PE, no dia 09 de janeiro de 1920, na rua da Jaqueira (depois Leonardo Cavalcanti), segundo filho de Luiz Antônio Cabral de Melo e de Carmem Carneiro-Leão Cabral de Melo. Primo, pelo lado paterno, de Manuel Bandeira e, pelo lado materno, de Gilberto Freyre. Passa a infância em engenhos de açúcar. Primeiro no Poço do Aleixo, em São Lourenço da Mata, e depois nos engenhos Pacoval e Dois Irmãos, no município de Moreno.
Em 1930, com a mudança da família para Recife, inicia o curso primário no Colégio Marista. João Cabral era um amante do futebol, tendo sido campeão juvenil pelo Santa Cruz Futebol Clube em 1935.
Foi na Associação Comercial de Pernambuco, em 1937, que obteve seu primeiro emprego, tendo depois trabalhado no Departamento de Estatística do Estado. Já com 18 anos, começa a freqüentar a roda literária do Café Lafayette, que se reúne em volta de Willy Lewin e do pintor Vicente do Rego Monteiro, que regressara de Paris por causa da guerra.
Em 1940 viaja com a família para o Rio de Janeiro, onde conhece Murilo Mendes. Esse o apresenta a Carlos Drummond de Andrade e ao círculo de intelectuais que se reunia no consultório de Jorge de Lima. No ano seguinte, participa do Congresso de Poesia do Recife, ocasião em que apresenta suas Considerações sobre o poeta dormindo.
1942 marca a publicação de seu primeiro livro, Pedra do Sono. Em novembro viaja, por terra, para o Rio de Janeiro. Convocado para servir à Força Expedicionária Brasileira (FEB), é dispensado por motivo de saúde. Mas permanece no Rio, sendo aprovado em concurso e nomeado Assistente de Seleção do DASP (Departamento de Administração do Serviço Público). Freqüenta, então, os intelectuais que se reuniam no Café Amarelinho e Café Vermelhinho, no Centro do Rio de Janeiro. Publica Os três mal-amados na Revista do Brasil.
O engenheiro é publicado em 1945, em edição custeada por Augusto Frederico Schmidt. Faz concurso para a carreira diplomática, para a qual é nomeado em dezembro. Começa a trabalhar em 1946, no Departamento Cultural do Itamaraty, depois no Departamento Político e, posteriormente, na comissão de Organismos Internacionais. Em fevereiro, casa-se com Stella Maria Barbosa de Oliveira, no Rio de Janeiro. Em dezembro, nasce seu primeiro filho, Rodrigo.
É removido, em 1947, para o Consulado Geral em Barcelona, como vice-cônsul. Adquire uma pequena tipografia artesanal, com a qual publica livros de poetas brasileiros e espanhóis. Nessa prensa manual imprime Psicologia da composição. Nos dois anos seguintes ganha dois filhos: Inês e Luiz, respectivamente. Residindo na Catalunha, escreve seu ensaio sobre Joan Miró, cujo estúdio freqüenta. Miró faz publicar o ensaio com texto em português, com suas primeiras gravuras em madeira.
Removido para o Consulado Geral em Londres, em 1950, publica O cão sem plumas. Dois anos depois retorna ao Brasil para responder por inquérito onde é acusado de subversão. Escreve o livro O rio, em 1953, com o qual recebe o Prêmio José de Anchieta do IV Centenário de São Paulo (em 1954). É colocado em disponibilidade pelo Itamaraty, sem rendimentos, enquanto responde ao inquérito, período em que trabalha como secretário de redação do Jornal A Vanguarda, dirigido por Joel Silveira. Arquivado o inquérito policial, a pedido do promotor público, vai para Pernambuco com a família. Lá, é recebido em sessão solene pela Câmara Municipal do Recife.
Em 1954 é convidado a participar do Congresso Internacional de Escritores, em São Paulo. Participa também do Congresso Brasileiro de Poesia, reunido na mesma época. A Editora Orfeu publica seus Poemas Reunidos. Reintegrado à carreira diplomática pelo Supremo Tribunal Federal, passa a trabalhar no Departamento Cultural do Itamaraty.
Duas alegrias em 1955: o nascimento de sua filha Isabel e o recebimento do Prêmio Olavo Bilac da Academia Brasileira de Letras. A Editora José Olympio publica, em 1956, Duas águas, volume que reúne seus livros anteriores e os inéditos: Morte e vida severina, Paisagens com figuras e Uma faca só lâmina. Removido para Barcelona, como cônsul adjunto, vai com a missão de fazer pesquisas históricas no Arquivo das Índias de Sevilha, onde passa a residir.
Em 1958 é removido para o Consulado Geral em Marselha. Recebe o prêmio de melhor autor no Festival de Teatro do Estudante, realizado no Recife. Publica em Lisboa seu livro Quaderna, em 1960. É removido para Madri, como primeiro secretário da embaixada. Publica, em Madri, Dois parlamentos.
Em 1961 é nomeado chefe de gabinete do ministro da Agricultura, Romero Cabral da Costa, e passa a residir em Brasília. Com o fim do governo Jânio Quadros, poucos meses depois, é removido outra vez para a embaixada em Madri. A Editora do Autor, de Rubem Braga e Fernando Sabino, publica Terceira feira, livro que reúne Quaderna, Dois parlamentos, ainda inéditos no Brasil, e um novo livro: Serial.
Com a mudança do consulado brasileiro de Cádiz para Sevilha, João Cabral muda-se para essa cidade, onde reside pela segunda vez. Continuando seu vai-e-vem pelo mundo, em 1964 é removido como conselheiro para a Delegação do Brasil junto às Nações Unidas, em Genebra. Nesse ano nasce seu quinto filho, João.
Como ministro conselheiro, em 1966, muda-se para Berna. O Teatro da Universidade Católica de São Paulo produz o auto Morte e Vida Severina, com música de Chico Buarque de Holanda, primeiro encenado em várias cidades brasileiras e depois no Festival de Nancy, no Théatre des Nations, em Paris e, posteriormente, em Lisboa, Coimbra e Porto. Em Nancy recebe o prêmio de Melhor Autor Vivo do Festival. Publica A educação pela pedra, que recebe os prêmios Jabuti; da União de Escritores de São Paulo; Luisa Cláudio de Souza, do Pen Club; e o prêmio do Instituto Nacional do Livro. É designado pelo Itamaraty para representar o Brasil na Bienal de Knock-le-Zontew, na Bélgica.
1967 marca sua volta a Barcelona, como cônsul geral. No ano seguinte é publicada a primeira edição de Poesias completas. É eleito, em 15 de agosto de 1968, para a Academia Brasileira de Letras na vaga de Assis Chateaubriand. É recebido em sessão solene pela Assembléia Legislativa de Pernambuco como membro do Conselho Deliberativo da Sociedade Brasileira de Autores Teatrais (SBAT).
Toma posse na Academia em 06 de maio de 1969, na cadeira número 6, sendo recebido por José Américo de Almeida. A Companhia Paulo Autran encena Morte e vida severina em diversas cidades do Brasil. É removido para a embaixada de Assunção, no Paraguai, como ministro conselheiro. Torna-se membro da Hispania Society of America e recebe a comenda da Ordem de Mérito Pernambucano.
Após três anos em Assunção, é nomeado embaixador em Dacar, no Senegal, cargo que exerce cumulativamente com o de embaixador da Mauritânia, no Mali e na Giné-Conakry.

Bibliografia do Autor:

Bibliografia
OBRAS DO AUTOR
POESIA
- Pedra do sono. Recife: Edição do autor, 1942 (tiragem especial em papel Drexler).- Os três mal-amados. Rio de Janeiro: Revista do Brasil, 1943.
- Joan Miró. Rio de Janeiro: Cadernos de Cultura do MEC, 1952.
- O Arquivo das Índias e o Brasil [pesquisa histórica]. Rio de Janeiro: Ministério das Relações Exteriores, 1966.
- Poesia e composição. Coimbra: Fenda Edições, 1982.
TRADUÇÕES
PARA O ALEMÃO
- Der Hund ohne Federn. Tradução de Willy Keller. Stuttgart: Rot, 1964.
- Ausgewählte Gedichte. Tradução de Curt Meyer-Clason. Frankfurt: Suhrkamp Verlag, 1968.



- Der Hund ohne Federn. Gedichte. Tradução de Curt Meyer-Clason. Hamburgo e Dusseldorf: Classen Verlag, 1970.
- Poesiealbum. Tradução de Curt Meyer-Clason. Berlim: Verlag Neues Leben, 1975.
- Tod und Leben des Severino. Tradução de Curt Meyer-Clason. Wuppertal: Peter Hammer Verlag, 1975.
- Tod und Leben des Severino. Tradução de Curt Meyer-Clason, St. Gallen/Wuppertal: Edition diá, 1985.
- Tod und Leben des Severino. Tradução de Curt Meyer-Clason. Munique/Zurìque: Piper, 1988.
- Der Weg des Monchs. Tradução de Curt Meyer-Clason. St. Gallen/Colônia: Edition diá, 1988.
- Erziehung durch den Stein. Tradução de Curt Meyer-Clason. Frankfurt am Main: Suhrkamp Verlag, 1989.
- Der Fluss (Das Triptychon des Capibaribe). Tradução de Curt Meyer-Clason. St Gallen: Edition diá, 1993.
PARA O ESPANHOL
- Seis poemas de “Serial”. Tradução de Angel Crespo. Madri: Separata da Revista de Cultura Brazileña, 1962.
- Poemas sobre España de João Cabral de Melo Neto. Tradução de Angel Crespo e Pilar Gómez Bedate. Madri:Separata de Cuadernos Hispanoamericanos, 1964.



- Muerte y vida severina.Tradução de Angel Crespo e Gabino-Alejandro Carriedo. Madri: Primer Acto, 1966.
- Muerte y vida severina.Tradução de Angel Crespo e Gabino-Alejandro Carriedo. Lima: Instituto Nacional de Arte Dramatico, 1969.
- Antología poética. Seleção e tradução de Margarita Russotto. Caracas: Fundarte. 1979.
- Poemas. Tradução de Carlos Germán Belli. Lima: Centro de Estudos Brasileños, 1979.
- Dos parlamentos. Tradução de Gabino-Alejandro Carriedo, Madri: Poesia, 1980.
- La educación por la piedra.Tradução de Pablo del Barco. Madri: Edicion Visor, 1982.
- Muerte y vida severina. Auto del fraile. Tradução de Santiago Kovadloff. Buenos Aires: Edición Legasa, 1988.
- Antología poética. Tradução de Angel Crespo. Barcelona: Editorial Lumen, 1990.
PARA O ITALIANO
- Morte e vita severina (inclui Il cane senza plume e Il fiume). Torino: Giulio Einaudi Editore, 1973.
- Museo di tutto. Tradução de Adelina Aletti. Milão: Libri Scheiwiller, 1990.



PARA 0 INGLÊS
- The Complete Poems of Elizabeth Bishop. Nova York: Farrar, Strauss & Giroux, 1969.
- Two parliaments and Poems. Tradução de Richard Spock. In Brazilian Painting and Poetry. Rio de Janeiro:Spala Editora, 1979.



- A Knife all Blade. Tradução de Kerry Shawn Keys. Pennsylvania: Pine Press, 1980.
PARA O HOLANDÊS
- Gedichen. Tradução de August Willlemsen. Leiden, Uitgeverij de Lantarn, 1981.
PARA O FRANCÊS
- Joan Miró. Tradução de Henri Moreu. Barcelona: Editions de l’Oc, 1950.
PREFÁCIOS
- Collor, Fernando, e Lafer, Celso. Prefácios a Poemas sevilhanos. Rio de Janeiro, Editora Nova Fronteira, 1992.
- Lewin, Willy. Prefácio a Pedra do sono, Recife: Edição do Autor, 1942.



- Lopes, Oscar. Prefácio a Poesia completa. Lisboa: Editora da Imprensa Nacional/Casa da Moeda,1986.
- Maranhão, Gustavo de Albuquerque. Prefácio a Poemas pernambucanos. Rio de Janeiro: Editora Nova Fronteira,1988.
- Oliveira, Marly de. Prefácio a Museu de tudo e depois (Poesia completa II). Rio de Janeiro: Editora Nova Fronteira, 1988.
- Rodrigues, José Honório. Prefácio a O Brasil no Arquivo das Índias de Sevilha. Rio de Janeiro: Ministério das Relações Exteriores, 1966.
- Secchin, Antonio Carlos. Prefácio a Os melhores poemas de João Cabral de Melo Neto. São Paulo: Global Editora, 1985.
- ___________. Prefácio a Primeiros poemas. Rio de Janeiro: Faculdade de Letras da UFRJ, 1990.
- Torres, Alexandre Pinheiro. Prefácio a Poemas escolhidos. Lisboa: Portugália Editora, 1963.
LIVROS SOBRE O AUTOR
- Afonso, Antonio José Ferreira. João Cabral: uma teoria da luz. Braga: Faculdade de Filosofia,1993.
- Andrade, Eugênio de, et alii. O TUCA no Porto. Porto: Plano, 1966.



- Barbosa, João Alexandre. A imitação da forma. São Paulo: Livraria Duas Cidades, 1975.
- Bechara, Eli Nazareth. Cabral: dois momentos no tecer da manhã. São José do Rio Preto: Centro de Publicações, Ibilce, UNESP, 1991.
- Brasil, Assis. Manuel e João. Rio de Janeiro: lmago Editra, 1990.
- Cafezeiro, Alice F.L.A. A estrutura semântica em “Tecendo a Manhã”, de João Cabral de Melo Neto. Petrópolis: Editora Vozes. 1966.
- Camlong, André. Le vocabulaire poétique de João Cabral de Melo Neto. Toulouse: Cahier nº. 1, Centre d’Étude Lexicologique, Université de Toulouse, 1978.
- Carone, Modesto. A poética do silêncio. São Paulo: Editora Perspectiva, 1979.
- Ciampa, Antônio da Costa. A estória do Severino e a história da Severina. São Paulo: Editora Brasiliense 1987.
- Crespo, Angel e Gómez Bedate, Pilar. Realidad y forma en la poesia de Cabral de Melo. Madri: Revista de Cultura Brasileña, 1964.
- Escorel, Lauro. A pedra e o rio. São Paulo: Livraria Duas Cidades, 1973.
- Gledson, John A. Sleep, Poetry and João Cabral’s “false book”: a revaluation of Pedra do Sono. Liverpool: Separata do Bulletin of Hispanic Studies, University of Liverpool, 1978.
- Gonçalves, Aguinaldo. Transição e permanência. São Paulo: Iluminuras Produções Editoriais Ltda., 1989.
- Lima, Luís Costa. Lira e antilira. Rio de Janeiro: Editora Civilização Brasileira, 1968.
- _______. O espaço da percepção. Petrópolis: Editora Vozes, 1968.
- Lobo, Danilo. O poema e o quadro. Rrasília: Thesaurus Editora, 1981.
- Lopes Filho, Napoleão. Interpretação silenciosa de dois poemas de João Cabral de Melo Neto. Lisboa: Ocidente, 1964.
- Mamede, Zila. Civil geometria [bibliografia crítica]. São Paulo: Livraria Nobel, EDUSP, 1987.
- Martelo, Rosa Maria. Estrutura e transposição. Porto: Fundação Eng. Antonio de Almeida. 1989.
- Mendes, Nancy Maria. Ironia, sátira, paródia e humor na poesia de João Cabral de Melo Neto. Belo Horizonte:Universidade Federal de Minas Gerais, 1980.
- Nadal, José Fulaneti de (seleção). João Cabral de Melo Neto. Notas e estudos de Samira Youssef Campedelli e Benjamin Abdala Jr. São Paulo: Abril Educação, 1982.
- Nunes, Benedito. João Cabral de Melo Neto. Petrópolis: Editora Vozes, 1971.
- Oliveira, Célia Terezinha Guidão da Veiga. O lexema seda num poema de João Cabral de Melo Neto. Petrópolis Editora Vozes, 1971.
- Oliveira, Marly de. O deserto jardim. Rio de Janeiro: Editora Nova Fronteira, 1990.
- Peixoto, Marta. Poesia com coisas. São Paulo: Editora Perspectiva, 1983.
- Pires Filho, Ormindo. A contestação em João Cabral de Melo Neto. Recife: Instituto Joaquim Nabuco, 1977.
- Prado, Antônio Lázaro de Almeida. Rosa tetrafoliar, uma leitura de “A educação pela pedra”. Assis: UNESP, Separata da Revista de Letras, 1976.
- Sampaio, Maria Lúcia Pinheiro. Os meios de expressão na obra de João Cabral de Melo Neto. São Paulo, Universidade de São Paulo, 1973.
- _________. A palavra na obra de João Cabral de Melo Neto. Assis: Separata da Revista de Letras, 1975.
- _________. Processos retóricos na obra de João Cabral de Melo Neto. São Paulo: HUCITEC, 1980.
- Secchin, Antonio Carlos. João Cabral: a poesia do menos. São Paulo: Livraria Duas Cidades, 1985.
- Senna, Marta de. João Cabral: tempo e memória. Rio de Janeiro: Antares, 1980.
- Soares, Angélica Maria Santos. O poema, construção às avessas. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 1978.
- ______. The Rigors of Necessity. Oklahoma: World Literature Today, The University of Oklahoma, 1992.
ENSAIOS EM LIVROS SOBRE O AUTOR
- Almeida, José Américo de. Discurso de recepção de João Cabral de Melo Neto. Rio de Janeiro: Discursos acadêmicos, Academia Brasileira de Letras, 1969.
- Aslan, Odette e Meyer, Marlyse. Les voies de la création théatrale. Paris: Centre National de Recherches Scientifiques, 1970.



- Ávila, Afonso. O poeta e a consciência crítica. São Paulo: Summus Editorial, 1978.
- Barata, Manuel Sarmento. Canto melhor. Rio de Janeiro: Editora Paz e Terra, 1969.
- Barbosa, João Alexandre. A metáfora crítica. São Paulo: Editora Perspectiva, 1974.
- ______. As ilusões da modernidade. São Paulo: Editora Perspectiva, 1986.
- Brito, Jomar Muniz de. Do modernismo à bossa nova. Rio de Janeiro: Editora Civilização Brasileira, 1966.
- Campos, Augusto de. Poesia, antipoesia, antropofagia. São Paulo: Cortez & Moraes, 1978.
- Campos, Haroldo de. Metalinguagem. Petrópolis: Editora Vozes, 1967.
- ______. Verso reverso controverso. São Paulo: Editora Perspectiva, 1978.
- Carone, Modesto. Os pobres na literatura brasileira. São Paulo: Brasiliense, 1983.
- Casado, José. Livro branco da crítica literária, Maceió: s.n., 1966.
- Castro, Sílvia. A revolução da palavra. Petrópolis: Editora Vozes, 1978.
- Ceribelli, Dirce Teresa. Poética e função metalingüística. São Paulo: PVS, 1974.
- Chamie, Mario. A linguagem virtual. São Paulo: Quiron, 1976.
- ______. Casa da época. São Paulo: Conselho Estadual das Artes, 1979.
- Coelho, Eduardo Prado. O reino flutuante. Lisboa: Editora 70, 1972.
- Coelho, Nelly Novaes. Língua e literatura. São Paulo: Faculdade de Filosofia, 1978.
- Crispim, Luiz Augusto. Por uma estética do real. João Pessoa: A União Editora, 1969.
- Ferrara, Lucrécia d’Alessio. O texto estranho. São Paulo: Editora Perspectiva, 1978.
- Ferreira, Nadia Paulo. Teoria de literatura. Petrópolis: Editora Vozes, 1971.
- Fonseca, José Paulo Moreira da. Dez fragmentos e um poema sobre a poesia de João Cabral. Rio de Janeiro:Spala, 1979.
- Fortuna, Felipe. A escola da sedução. Porto Alegre: Editora Artes e Ofícios, 1991.
- Freixeiro, Fábio. Da razão à emoção I. São Paulo: Editora Nacional, 1968.
- ______. Da razão à emoção II. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 1971.
- Garcia, Othon Moacir. A página branca e o deserto. Rio de Janeiro: Revista da Livro, 1957.
- Goldstein, Norma Seltzer, e Campedelli, Samira Youssef. Literatura brasileira. São Paulo: Editora Ática, 1976.
- Guerra, José Augusto. Testemunhas de crítica. Recife: Editora Universitária, 1974.
- Gullar, Ferreira. Cultura posta em questão. Rio de Janeiro: Editora Civilizaçãn Brasileira, 1965.
- ______. Vanguarda e subdesenvolvimento. Rio de Janeiro: Editora Civilização Brasileira, 1969.
- ______. Augusto dos Anjos: toda a poesia. Rio de Janeiro: Editora Paz e Terra, 1976.
- Hill, Telenia. Estudos de crítica e teoria literária. Rio de Janeiro: Editora Francisco Alves, 1989.
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- Junqueira, Ivan. O encantador de serpentes. Rio de Janeiro: Editora Alhambra, 1987.
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- ______. Crítica clandestina. Rio de Janeiro: Editora Taurus, 1986.
- Lima, Laurênio. Crônica de letras pernambucanas. Recife: Imprensa Universitária, 1965.
- Lima, Luís Costa. A metamorfose do silêncio. Rio de Janeiro: Editora Eldorado, 1974.
- ______. Dispersa demanda. Rio de Janeiro: Francisco Alves Editora, 1981.
- Lins, Álvaro. Os mortos de sobrecasaca. Rio de Janeiro: Ed. Civilização Brasileira, 1963.
- Lopes, Oscar. Ler e depois. Porto: Editora Inova, 1970.
- Mantero, Manuel. La poesia del “yo” al “nosotros”. Madri: Editora Guadanama, 1971.
- Mendes, Nancy Maria. Ensaios de semiótica. Belo Horizonte: Faculdade de Letras da UFMG, 1980.
- Merquior, José Guilherme. Razão do poema. Rio de Janeiro: Editora Civilização Brasileira, 1965.
- ______. A astúcia da mímese. Rio de Janeiro: José Olympio Editora, 1972.
- ______. As idéias e as formas. Rio de Janeiro: Editora Nova Fronteira, 1981.
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- Moises, Carlos Felipe. Poesia e realidade. São Paulo: Editora Cultrix, 1977.
- Monteiro, lrma Chaves. A traição da linguagem. Rio de Janeiro: Pontifícia Universidade Católica/RJ, 1976.
- Moutinho, José Geraldo Nogueira. A procura do número. São Paulo: Conselho Estadual de Cultura, 1967.
- Nemésio, Vitorino. Conhecimento da poesia. Salvador: Livraria Progresso Editora, 1958.
- ______. Conhecimento da poesia. Lisboa: Verbo, 1970.
- Nist, John. The Modernist Movement in Brazil. Austin: University of Texas Press, 1967.
- Nunes, Benedito. O dorso do tigre. São Paulo: Editora Perspectiva, 1969.
- ______. João Cabral de Melo Neto. Petrópolis: Editora Vozes, 1971.
- Nunes, Cassiano. Breves estudos de literatura brasileira. São Paulo: Editora Saraiva, 1969.
- Pereira Couto, Alberto Novais. As diversas correntes do teatro moderno brasileiro. Coimbra, 1966.
- Picchio, Luciana Stegagno. Letteratura brasiliana. Milão: Sansoni Accademia, 1972.
- ______. La littérature brésilienne. Paris: Presses Universitaires de France, 1981.
- Pignatari, Décio. Contracomunicação. São Paulo: Editora Perspectiva, 1971.
- Pires Filho, Ormindo. O social e outros ensaios. São Paulo: Quiron, 1976.
- Portela, Eduardo. Dimensões I. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 1978.
- Ramos, Maria Luiza. Fenomenologia da obra literária. Rio de Janeiro: Editora Forense, 1969.
- Ricardo, Cassiano. O homem cordial e outros pequenos estudos brasileiros. Rio de Janeiro: Instituto Nacional do Livro, 1959.
- Santa Cruz, Luís. A metapoética de João Cabral através de Joaquim Cardoso. Rio de Janeiro: Senhor, 1962.
- Santos, Vitto. Poesia e humanismo. Rio de Janeiro: Artenova, 1971.
- Saraiva, Arnaldo. Encontros des-encontros. Porto: Livraria Paisagem, 1973.
- Secchin, Antonio Carlos. Morte e vida cabralina. Rennes: Universidade de Rennes II, 1991.
- Silva, Amazildo Vasconcelos. Lírica modernista e percurso literário brasileiro. Rio de Janeiro: Editora Rio, 1978.
- SilvA Ramos, Pericles Eugênio de. O modernismo brasileiro. Rio de Janeiro: Livraria São José, 1959.
- Simões, João Gaspar. Crítica II. Lisboa: Delfos, 1961.
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- Teles, Gilberto Mendonça. La poesia brasileña en la actualidad. Montevidéu: Editorial Letras, 1969.
- Torres, Alexandre Pinheiro. Programa para o concreto. Lisboa: Ulisseia Ltda., 1966.
- Tufano, Douglas. Estudos de literatura brasileira. São Paulo: Editora Moderna, 1975.
- Xavier, Raul. Romance e poesia do Norte. Rio de Janeiro, Categoria; Brasília, Instituto Nacional do Livro, 1980.
- Zagury, Eliane. A palavra e os ecos. Petrópolis: Editora Vozes, 1971.
FILMES
- O curso do poeta. Produtores: Fernando Sabino e David Neves. Roteiro e direção de ]orge Laclette, 1973.
- Morte e vida severina: um filme documento. Direção de Zelito Vianna, 1976.



- O mundo espanhol de João Cabral de Melo Neto. Produção e direção de Carlos Henrique Maranhão,1979.
- Morte e vida severina. Direção de Walter Avancini. TV Globo, 1981.
- O ovo de galinha. Recitado por Ney Latorraca. TV Globo, 1980.
DISCOCRAFIA
- Poesias – Murilo Mendes e João Cabral de Melo Neto. Lp 010. Festa, Discos Ltda., 1956.
- O Teatro da Universidade Católica de São Paulo apresenta Morte e vida severina. P. 932.900 L., Nancy, 1966.



- Morte e vida severina – Música de Chico Buarque de Holanda, Car 4002, Caritas.
- João Cabral de Melo Neto por ele mesmo. IG 79.029. Festa, Serie de Lux. s/d.
- Poemas de João Cabral de Meto Neto. 2 discos. Som Livre, 1982.
ÓPERA
- Severino: Auto de Navidad – Música de Salvador Moreno.Ópera de Bellas Artes, México. 1966 (Apresentado antes no Teatro Lyceu de Barcelona).
- O engenheiro. Rio de Janeiro: Amigos da Poesia, 1945.
- Psicologia da composição com a fábula de Anfion e Antiode. Barcelona: O livro inconsútil, 1947.
- O cão sem plumas. Barcelona:0 livro inconsútil, 1950. 2a. ed. Rio de Janeiro: Editora Nova Fronteira, 1984 (com Fotografias de Maureen Bisilliat).
- O rio ou Relação da viagem que faz o Capibaribe de sua nascente à cidade do Recife. São Paulo: Edição da Comissão do IV Centenário de São Paulo, 1954.
- Dois parlamentos. Madri: Edição do autor, 1960.
- Quaderna. Lisboa: Guimarães Editores, 1960.
- A educação pela pedra. Rio de Janeiro: Editora do Autor, 1966.
- Museu de tudo. Rio de Janeiro: Editora José Olympio, 1975.
- A escola das facas. Rio de Janeiro: Editora José Olympio, 1980.
- Auto do frade. Rio de Janeiro: Editora José Olympio, 1984; 2a. edição, Rio de Janeiro: Editora Nova Fronteira 1984 (da 2a. edição foi feita uma tiragem de 100 exemplares em papel vergê).
- Agrestes. Rio de Janeiro: Editora Nova Fronteira, 1985 (tiragem especial em papel vergê).
- Crime na Calle Relator. Rio de Janeiro: Editora Nova Fronteira, 1987.
- Primeiros poemas. Rio de Janeiro: Edição da Faculdade de Letras da UFRJ, 1990.
- Sevilha andando. Rio de Janeiro: Editora Nova Fronteira, 1990.
POEMAS REUNIDOS
- Poemas reunidos. Rio de Janeiro: Edição de Orfeu, 1954.

- Duas águas Rio de Janeiro: Editora José Olympio. 1956 (tiragem especial em papel Westerprin).
- Terceira feira. Rio de Janeiro: Editora do Autor, 1961.
- Poesias completas. Rio de Janeiro: Editora Sabiá, 1968; 4a. edição, Rio de Janeiro: Editora José Olympio, 1986.
- Poesia completa. Lisboa: Imprensa Nacional/Casa da Moeda, 1986.
- Museu de tudo e depois (Poesia Completa II). Rio de Janeiro: Editora Nova Fronteira, 1988.
ANTOLOGIAS
- Poemas escolhidos. Seleção de Alexandre O’Neil. Lisboa: Portugália Editora, 1963.
- Antologia poética. Rio de Janeiro: Editora do Autor, 1965; 8a. edição, Rio de Janeiro: Editora José Olympio, 1991.
- Morte e vida severina. São Paulo: Teatro da Universidade Católica, 1965.
- Morte e vida severina e outros poemas em voz alta. Rio de Janeiro: Editora do Autor, 1966; 6a. edição, Rio de Janeiro: Editora José Olympio, 1974 (inclui O rio, Morte e vida severina e Dois parlamentos); 34a. edição, Rio de Janeiro: Editora Nova Fronteira, 1994 (inclui O rio, Morte e vida severina, Dois parlamentos Auto do frade).


- Morte e vida severina. Rio de Janeiro: Editora Sabiá 1969.
- O melhor da poesia brasileira (Drummond, Cabral, Bandeira, Vinicius). Rio de Janeiro: Editora José Olympio, 1979.
- João Cabral de Melo Neto. Seleção de José Fulaneti de Nadal. São Paulo: Abril Educação, 1982.
- Poesia crítica. Rio de Janeiro: Editora José Olympio, 1982.
- Morte e vida severina. Litografias de Liliane Dardot. Recife: Grandes Moinhos do Brasil S/A, 1984.
- Morte e vida severina e outros poemas em voz alta. Recife: Moinho Recife, 1984 (fora do comércio).
- Os melhores poemas de João Cabral de Melo Neto. Seleção de Antonio Carlos Secchin. São Paulo: Global Editora, 1985.
- Poemas pernambucanos. Centro Cultural José Mariano. Rio de Janeiro: Editora Nova Fronteira 1988 (edição especial fora do comércio).
- Poemas sevilhanos. Rio de Janeiro: Editora Nova Fronteira, 1992 (edição especial fora do comércio).
PROSA
- Considerações sobre o poeta dormindo. Recife: Renovação 1941.
- Joan Miró. Barcelona: Editions de l’Oc, 1950 (com gravuras originais de Miró).


Resumo da Obra:



O quadro retirantes, ilustra muito bem a obra Morte e vida Severina, a qual conta a história do retirante Severino e seus frequêntes encontros com a morte.

Severino é um retirante: ele é como muitos outros e que está partindo para o litoral, fugindo da seca, da morte. A vida na Capital parece mais atraente, mais vida, menos Severina. Em suas andanças, entretanto, Severino se depara a todo o momento não com a vida, mas sim com o que já conhece como coisa vulgar: a morte e o desespero que a cerca.
Em seu primeiro encontro com ela, o retirante topa com dois homens carregando um defunto até sua última morada. Durante uma conversa, descobre que o pobre coitado havia sido assassinado e que o motivo fora ter querido expandir um pouco suas terras, que praticamente não eram produtíveis.
O retirante segue sua viagem e percebe que na região onde se encontra, nem o rio Capibaribe – seco no verão – consegue cumprir o seu papel. Severino sente medo de não conseguir chegar ao seu destino. Escuta, então, uma cantoria e, aproximando-se, vê que está sendo encomendado um defunto. Pela primeira vez, Severino pensa em interromper sua descida para o litoral e procurar trabalho naquela vila. Ao dirigir-se a uma mulher, descobre que tudo que sabe fazer não serve ali, e o único trabalho existente e lucrativo é o que ajuda na morte: médico, rezadeira, farmacêutico, coveiro. E o lucro é certo nessas profissões, pois não faltam fregueses, uma vez que ali a morte também é coisa vulgar.
Se não há como trabalhar, mais uma vez Severino retoma seu rumo e chega à Zona da Mata, onde novamente pensa em interromper sua viagem e se fixar naquela terra branda e macia, tão diferente do solo do Sertão. Mais do que isso: começou a acreditar que não via ninguém porque a vida ali deveria ser tão boa, que todos estavam de folga e que ninguém deveria conhecer a morte em vida, a vida Severina _ . Ilusão de quem está à procura do paraíso: logo Severino assiste ao enterro de um trabalhador de eito e ouve o que dizem do morto os amigos que o levaram ao cemitério. Severino se dá conta que ali as privações são às mesmas que ele conhece bem e que também a única parte que pode ser sua daquela terra é uma cova para sepultura, nada mais.
O retirante resolve então apressar o passo para chegar logo ao Recife. Severino senta-se para descansar ao pé de um muro alto e ouve uma conversa. É mais uma vez a morte rondando, são dois coveiros que lhe dão a má notícia: toda a gente que vai do Sertão até ali procurando morrer de velhice, vai na verdade é seguindo o próprio enterro, pois logo que chegam, são os cemitérios que os esperam.
Severino nunca quis muito da vida, mas está desiludido: esperava encontrar trabalho, trabalho duro, mas agora – desespero! – já se imagina um defunto como aqueles que os coveiros descreviam, faltava apenas cumprir seu destino de retirante.
Nesse momento, aproxima-se de Severino seu José, mestre carpina, morador de um dos mocambos que havia entre o cais e a água do rio. O retirante, desesperançado, revela ao mestre carpina sua intenção de suicídio, de se jogar naquele rio e ter uma mortalha macia e líquida. Se José tenta convencer Severino que ainda vale a pena lutar pela vida, mesmo que seja vida Severina . Mas Severino não vê mais diferença entre vida e morte e lança a pergunta: que diferença faria se em vez de continuar tomasse melhor saída: a de saltar, numa noite, fora da ponte e da vida?
Da porta de onde havia saído o mestre carpina, surge uma mulher, que grita uma notícia. Um filho nascera, o filho de seu José! Chegam vizinhos, amigos, pessoas trazendo presentes ao recém-nascido . Vêm também duas ciganas, que fazem a previsão do futuro do menino: ele crescerá aprendendo com os bichos e no futuro trabalhará numa fábrica, lambuzado de graxa e, quem sabe, poderá morar num lugar um pouco melhor.
Severino assiste ao movimento, ao clima de euforia com a vinda do menino. O carpina se aproxima novamente do retirante e reata a conversa que estavam levando. Diz que não sabe a resposta da pergunta feita, mas, melhor que palavras, o nascimento da criança podia ser uma resposta: a vida vale a pena ser defendida.

Enredo, Linear ou Não Linear ? Morte e vida Severina prende a atenção do leitor por combinar simplicidade e concentração. Nela, o autor tematisa o itinerário do retirante nordestino, que parte do sertão paraibano ao litoral, em busca de melhorias de vida, devido à seca e às precárias condições de vida para a maioria da população. O enredo é linear, ou seja, os acontecimentos são contínuos e o texto apresenta a estrutura: começo- meio-fim. Na primeira parte é apresentado a situação e os personagens que estão envolvidos, logo após apresenta-se o desenvolvimento e por fim o desfecho dos acontecimentos.

Cenário: A maior parte do percurso do personagem retirante é facilmente identificada como região caatinga, onde no texto o narrador mostra as características da região. O onde também se ocorre o desenrolar dos fatos é às margens do rio Capibaribe, caminho esses que levarão Severino ao seu objetivo, o litoral de Recife.

Linguagem e Justificativa com passagens do Livro:


O texto apresenta uma linguagem regional. Subdividida em 18 cenas, a peça assume também características de poema narrativo de tradição popular nordestina, é possível definir isso por analisarmos a linguagem empregada, com: ditos populares, palavras e frases típicas da região.
Exemplo:
“-Aqui não é Surubim
Nem Limoeiro, Oxalá!
Mas diga-me retirante
Que mais fazia por lá?


A Obra é atemporal ou temporal
? Apesar de ser um livro que foi escrito etre o ano de 1954 e 1956, o conteúdo dele não deixa de ter um tema muito atual. Pode-se dizer ou seja não envelhece nunca, seu tema tem valor prático pois , pois se trata do sofrimento que seres humanos passam e que não se tem feito nada para mudar essa situação, cada dia que passa a situação tende a piorar é por isso que esse texto e a designado como atemporal.

Discurso Direto ou Indireto ? Podemos definir o tipo de discurso apresentado como Direto, isso ocorre pelo fato de que o narrador usa suas palavras e percepções para passar as informações ao leitor a respeito dos acontecimentos.Esse tipo de discurso caracteriza-se pela reprodução fiel da fala do personagem.As falas são reproduzidas integralmente e, via de regra , introduzidas por travessão .Numa estrutura tradicional de discurso direto , a fala do personagem é acompanhada por um verbo de elocução(verbo que indica a fala do personagem :dizer,falar,responder,perguntar ,retrucar,afirmar etc.)seguida de dois pontos .Esse tipo de texto narrativo apresenta a seguinte estrutura: começo, complicações ou desenvolvimento, clímax e desfecho.

Psicológico ou Cronológico ? Os aspectos temporais espaciais de Morte e vida Severina entrelaçam-se a características da obra estudada em seu enredo e através de seu protagonista, Severino.Enquanto o tempo é indeterminado cronológicamente,ou seja o tempo é psicológico, dando-nos a situação da seca como único marcador, que parece eternizá-lo, o espaço possui um movimento de deslocamento mais simbólico que real, embora aconteça de fato.


Pontos clímax da Obra: O clímax do drama de Severino é atingido quando o personagem, já sem esperanças, decide
suicidar-se no rio Capibaribe. Há um aprofundamento desse clímax quando Severino dialoga
com seu José, morador de um dos mocambos entre o cais e a água do rio, e o diálogo é
interrompido por uma mulher que anuncia: “Compadre José, compadre, / que na relva estais
deitado: / conversais e não sabeis / que vosso filho é chegado?”.




Desfecho da Obra: Pode ser entendido como ambíguo, na medida em que tem um aspecto positivo, que é a capacidade de resistência da vida, mas que também se mostra negativo, na medida em que essa vida é severina. Pode-se também entender o desfecho como uma mensagem de esperança, mas com o pé no chão, ou seja, sem se esquecer das dificuldades desse mundo.



Contextualização da Obra: A preocupação com os destinos da sociedade perdeu o tom localista e regional que tinha tido nas décadas de 30 e 40. A iminência de um conflito nuclear que poderia dizimar a espécie humana fez com que todos passassem a se preocupar com a humanidade como um todo. O pessimismo dominou as concepções filosóficas do período. A ficção se voltava cada vez mais para o interior do ser humano, tentando encontrar ali a chave para a compreensão dos conflitos sociais. João Cabral de Melo Neto foi o principal representante da geração 45. Como outros poetas dessa época, apresentava uma grande preocupação com a construção do poema e com sua forma visual, insistindo na composição de métrica regular. No entanto, ele se destacou pela qualidade de sua poesia. Utilizando-se de uma expressão sintética, fugindo a qualquer tipo de derramamento ou sentimentalidade, João Cabral conseguiu à palavra poética a contundência da pedra. No poema dramático Morte e vida severina, a dureza da expressão corresponde formalmente às dificuldades e desalentos da história do retirante que aperte em direção ao litoral em busca de vida, e só encontra morte pelo caminho. O subtítulo do poema, auto de natal pernambucano, confirma a esperança do título no advento de uma nova vida, que represente a redenção do povo nordestino.



Critica da leitura da equipe: Para nós da equipe idéia de contar a história dos muitos Severinos do Nordeste através da imagem do rio por onde tudo flui, e no qual o personagem pensa em se jogar para fugir a uma vida de agruras documentando-a com o retrato de sua realidade ilustrada na representação do teatro, tem certamente como motivo incorporar diferentes elementos da cultura brasileira moderna. Estas são inspirações para as quais o cinema como um veículo síntese funcionaria como acalmador.




Personagens: Além do mestre carpinteiro que representa a possibilidade de esperança na vida através da própria vida se fazendo e refazendo, o protagonista da obra, seu personagem modelar de quem o mestre constitui a "outra face" é o retirante personificado por Severino. Vamos, então, analisá-lo.
No primeiro trecho, ele se apresenta aos leitores - pessoas letradas e pertencentes ao mundo urbano - chamando-as de "Vossa Senhorias" e inicialmente procurando distinguir-se enquanto indivíduo.
Para fazê-lo, detalha ao máximo o seu nome - "é o Severino / da Maria do Zacarias, / lá da Serra da Costela, / limites da Paraíba". Entretanto, isso ainda diz pouco: "Se ao menos mais cinco havia / com o nome de Severino / filhos de tantas Marias / Mulheres de outros tantos, / já finados, Zacarias, / vivendo na mesma Serra / magra e ossuda em que eu vivia".
Neste trecho que inicia o auto, um de seus eixos temáticos fundamentais pode ser notado com facilidade: o anonimato de uma gente cuja vida só tem a morte como horizonte - "E se somos Severinos / iguais em tudo na vida, / morremos de morte igual, / mesma morte severina, / que é a morte de quem se morre / de velhice antes dos trinta, / de emboscada antes dos vinte, / de fome um pouco por dia / de fraqueza e de doença / é que a morte severina / ataca em qualquer idade / e até gente não nascida".
Repare que a pluralização do nome próprio Severino transforma-o em nome comum, nome que simboliza a violência e a miséria de vidas tão iguais quanto as mortes... "esta morte severina".
Agora, a palavra torna-se um adjetivo que caracteriza a precariedade da existência dos seres oprimidos pela seca e pelo conservadorismo de um sistema sócio-econômico-político opressor, de estrutura anacronicamente reacionária (os severinos como descendentes do Coronel Zacarias, o "mais antigo senhor desta sesmaria", e de mães chamadas Marias...)
A sina, o destino, a fatalidade de "abrandar pedras", de "tentar despertar terra sempre mais extinta" constituiu outro elemento temático que persiste ao longo de todo o texto, cujo conteúdo de denúncia social fica nítido no enredo, na caraterização do personagem principal e modelar do livro, Severino, e, como veremos, no tempos/espaço e na linguagem da obra.



Anexos, referências bibliográficas e web referências:


Download-


http://pt.wikipedia.org/wiki/Morte_e_Vida_Severina
http://www.culturabrasil.pro.br/joaocabraldemelonetoo.htm


Anexos, videos do Youtube:






Agradecimentos: Queria agradecer a professora Irana Costa, pela oportunidade de aprender sobre essa obra de João Cabral e aprender um pouco mais sobre blogs. Agredeçemos a todos os participantes da equipe, Saionara , Islane, Iradiane, Marcos e Rosivânia. E a todos os colegas da Turma 5 que nos ajudaram e todos que visitarem nosso blog.




Equipe: Morte e Vida Severina



Iradiane, Rosivânia, Saionara, Marcos e Islane.